DEPOIMENTOS



Depoimento do colega Walacy Modesto no MEMORIAL Bento Ferreira Júnior

 




Franca, 27 de maio de 2016

A família Bento Ferreira Júnior


Com grande admiração do amigo Mineirinho, que durante sua juventude lutou em prol da odontologia , em busca de levar qualidade de vida a sociedade .

Homem honesto e dedicado, mostrou o quanto era importante na luta diária , infelizmente a vida acaba , como tudo neste mundo , mas um grande homem permanece vivo no coração das pessoas que amam.

Com carinho



Nadyr do Couto Rosa


Família Couto e Breda



Santa Rita do Sapucaí, 17-05-16


Fazendo par com a família do nosso colega Bento, estamos alegres, pelo zelo desta homenagem, mais do que justa, por se tratar de um homem que demonstrou em sua vida social, familiar e profissional um caráter de dedicação e honradez digno de ser admirado por todos nós que o conhecemos.

De seu colega


Décio de Almeida Azevedo





Belo Horizonte, maio de 2016

Bentinho era dos poucos dentistas que trabalhava à moda do cliente. Se tinha dinheiro pagava a vista, se não pagava como pudesse. Ele lidava com o sistema de prestação, incomum para a época. Em uma casa com nove filhos era preciso cuidado ao investir. Por isso as tres meninas mais velhas eram as clientes do Bentinho. Papai, Elvino Ferreira de Oliveira Filho, com quem Bentinho negociava gado,  queria o melhor, então tinha que ser com o Bentinho.  Os filhos menores iam noutros dentistas, tão bons quanto, certamente, mas Bentinho era especial. E ainda hoje em casa as irmãs de melhor dentição são as mais velhas."Exigencias do Bentinho", ' falam quando nos incomodamos com  a demora e dedicação com a escovação.

 Fátima de Oliveira, jornalista piumhiense




Belo Horizonte, maio de 2016

Bentinho era um dentista especial e que se destacava dos demais. Para começar o consultório dele era o mais bem montado. Trabalhava de jaleco branquinho e de luvas, absolutamente incomum para a época na cidade. O seu maior diferencial, no entanto, era o trato com o cliente. Ele ia à sala de espera buscar o paciente cumprimentava-o pegando  a mão num gesto caloroso. Fui cliente dele nas décadas de 50. Após um incidente ele fez minha primeira dentadura que durou anos, em perfeito estado.  E mais: era um homem gentil e de uma beleza rara.

Elza Ferreira, bordadeira piumhiense






Belo Horizonte, abril de 2016
A iniciativa da criação do Museu das Profissões é de uma riqueza sem par, não apenas para Piumhi como para todo Brasil. A valorização da cultura, a importancia de reunir um acervo das mais variadas profissões coloca Piumhi na dianteira da historia. E começar essa pesquisa com um dentista tão representativo para a cidade da mostras de que este será um empenho de sucesso, desde que conte com a participação efetiva de toda comunidade. Parabéns Taís Ferreira, jornalista inquieta que quer e vai deixar marcas pelo caminho. Conte comigo.
Fátima de Oliveira Fatoliveira@gmail.com

Observação: e-mail foi enviado por meio do Formulário de contato em http://museudasprofissoes.blogspot.com.br




Fizemos o possível, com o pouco material que tínhamos, mas acredito que o resultado ficou bacana. Conseguimos compor um ambiente que resgata os antigos "Gabinetes dentários", com peças históricas e uma ambientação no mesmo contexto.
Há muito o que contar da história, de nossa profissão , construída por pessoas importantes e queridas!
Com certeza, vocês descobrirão fatos inusitados, como a de Dona Isabel, filha do Tabelião Ovídio Arantes e esposa do Sr. Dario de Melo, a primeira dentista da história de Piumhi, formada em 1908, pela Universidade Federal de Alfenas.
Gostaria de agradecer aos colegas, Virgínia , José Rubens, à família do saudoso Silvano Lopes, ao Sr. Ovídeo Melo, pela colaboração no engrandecimento do Memorial das Profissões!
Esse foi só o primeiro passo!
Como nosso tempo estava muito curto para a inauguração do Memorial, acredito que comporemos nosso espaço cultural, com muitas histórias, fatos e fotos de vários colegas, como do Sr. João da Costa Mesquita e Sócrates Mesquita ( Avô e Pai do nosso querido colega Heitor), Sr. João dos Santos - UFMG 1934, (Pai do querido José Rubens e avô da Daniela , três gerações formados pela UFMG), Sr. Carlos Guimarães ( irmão do Farmacêutico Silvano Guimarães), Sr. Benevides Leonel ( Pai do colega Adelmo Leonel), Sr. Antônio Sabino (Pai da Virgínia).
Espero contar com ajuda de todos, para resgatar a história de nossa profissão em Piumhi!
Um agradecimento especial, à família do querido Bentinho, através de sua filha Taís, idealizadora do projeto!

Reinaldo Lopes Soares

28/05/2016







Senhoras e Senhores, minhas breves palavras, após as palavras dos que me precederam, são para saldar a todos os presentes que possibilitaram esse encontro, e agradecer à prefeitura Municipal de Piumhi, na pessoa da Diretora do Departamento de Cultura, Nadir Goulart Rodrigues, que desde o primeiro contato, apoiou a ideia, do prefeito Wilson Craide e do Vice-prefeito José Cirineu, aqui presentes. 
Agradeço a meus filhos Lucas e Mateus que me ajudaram a fazer o convite, o folder e a idealizar todo o projeto. Ao meu companheiro e pai dos meus filhos, Arthur Lobato, que também apoiou o projeto iniciado há um ano, com o Blog museudasprofissoes.blogspot.com.br.
Ao CRO representado aqui pelo Dr. Luciano Eloi Santos, seu presidente e ao Dr. Reinaldo Soares e todos os dentistas e familiares de colegas dentistas aqui presentes.

Às famílias do Sr. João da Costa Mesquita e Sócrates Mesquita (Avô e Pai do querido Heitor), do Sr. João dos Santos - UFMG 1934, (Pai do José Rubens e avô da Daniela), Sr. Carlos Guimarães- formado pela UFMG em 1949, Sr. Benevides Leonel (Pai do Adelmo Leonel), Sr. Antônio Sabino (Pai da Virgínia), ao saudoso Sr. Silvano Lopes, (pai da querida Sayonara, do César e da Maira, esposo de D. Branca). Obrigada pela contribuição de todos. Reafirmando as palavras do querido Reinaldo e sua esposa Júnia, esperamos contar com ajuda de todos, para resgatar a história da profissão em Piumhi. História que eu continuo aprendendo, como a de Dona Isabel, filha do Tabelião Ovídio Arantes e esposa do Sr. Dario de Melo, a primeira dentista da cidade, formada em 1908, pela Universidade Federal de Alfenas. Nossos mais sinceros agradecimentos pela colaboração preciosa no memorial.

Bento Ferreira Júnior em sua vida como profissional foi referência de saber e mérito no exercício da odontologia a qual serviu com desprendimento e honradez.
Um dos primeiros dentistas a praticar a odontologia social. Muitos o procuravam, sem condições para pagar o tratamento, ou para fazer uma dentadura e conseguiam contar com sua ajuda e profissionalismo.

Nesta homenagem, não poderia deixar de lembrar os exemplos de caráter, honestidade e trabalho que ele sempre nos ensinou.

Seu exemplo de retidão na constituição da família com amor e dignidade. Pai de 7 filhos: Renato, Paulinho, Tânia, Marcia, Magda e Taís, marido exemplar, modesto a toda prova, jamais procurou honrarias.

Não poderia deixar de falar, também, de sua leal companheira. Maria Dalva Menezes Ferreira, mulher forte, esposa fiel. Companheira tanto nos momentos de tristeza como nos de alegria. Sem seu apoio e incentivo, não estaríamos aqui, hoje. Ela, como ninguém, conhecia a importância do trabalho dele. E foi a primeira a pensar nessa homenagem...
A ela, também, minha eterna gratidão.

O ser humano tem uma raiz por sua participação real, ativa e natural na existência de uma coletividade que conserva vivos certos tesouros do passado e certos pressentimentos do futuro”

Mas, afinal, Qual a importância da memória para uma cidade?

E por falar em memória...
Não poderia deixar de falar e honrar, também, o nome dos nossos antepassados. Meus queridos avós:

Altina Ferreira Hostalácio,
Antonio Menezes,
Teonilia Hermelinda de Faria,
Bento Ferreira da Silva.

O que eles e todos os que passaram por esta cidade deixaram na memória de cada um de nós?

Começando pelo patrono desta casa Sr. Oscar, com sua riqueza de memórias, os antigos moradores desta casa o médico Dr. Avelino de Queiroz e esposa, o Sr. Gerson Lopes e D. Zoé, Nosso jornal Alto São Francisco, importante arquivo de memória impressa e sua história...

Lembro-me, das primeiras escolas e quero aprender mais sobre elas conhecer Josino Alvim, o professor João Menezes, D.Maria Serafina, médicos, comerciantes, fazendeiros, professoras, costureiras, bordadeiras, músicos... “o interior do nosso interior”....lembrando Rômulo Agresta, Adelmo Soares leonel, Daniel Polcaro, Fátima Oliveira, e outros tantos escritores piumhienses...

O sonho de ver nossa história nossa maior riqueza, pesquisada e apresentada pelos jovens nas escolas de cada cidade.

Hoje, podemos dizer, que nossa maior riqueza é nossa gente e para preservarmos nossa cultura precisamos de leis de incentivo municipais específicas para a área de memória e patrimônio.

O envolvimento de nossos professores e nossas escolas no resgate de nossa história, da memória de nossos antepassados que representam nossa cidade.

Fica aqui, na sala do memorial, uma pequena semente, que se quisermos poderá gerar frutos, para que nossa história, nossos ilustres ou anônimos notáves não sejam esquecidos nas artes, música, medicina, alta costura, culinária, farmácia, educação. Um desafio para estudantes, professores, museólogos, cineastas … Uma semente que transforme nossa cidade.

Quero honrar a memória de meu pai e sua vida. Que eu leve mais longe a vida que ele me legou. Que eu salve ele dentro de mim, que eu esteja em mim, bem viva para que meu pai e minha mãe - que eu continuo – fiquem bem vivos, livres, humanos e profundos, em mim, por eles, por vocês, por todos.

A sala “Memorial Bento Ferreira Júnior” homenageia um nome a ser guardado, um exemplo de dedicação à profissão de dentista que fala do passado e aponta para o futuro.

Para encerrar, trago as únicas imagens que filmei, de meu pai com avental na porta do último consultório. São 2 minutos de imagens garimpadas em um acervo de duas mil horas de filmagem vhs. Imagens que tenho certeza sobreviverão em nossa memória.

Uma história de vida não é feita para ser arquivada ou guardada numa gaveta como coisa, mas existe para transformar a cidade onde ela floresceu” Ecléa Bosi

Taís T Ferreira
28/05/2016




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